O mercado de personal trainer - Brasil

1.1 Definição e escopo do estudo

Coaching refere-se à prática de fornecer suporte personalizado para o cliente, que por sua vez deve atingir um objetivo. O coaching tem sido tradicionalmente associado ao esporte, embora existam várias áreas que podem ser “melhoradas”, como a esfera pessoal ou profissional.

Com referência ao tipo mais comum de coaching, esportes, é possível associar este último com instrutores de fitness ou personal trainers. Embora a definição de coaching seja ligeiramente diferente da de um treinador, para o escopo e a delimitação do estudo de mercado, nos referiremos a todos os três tipos mencionados.

Embora o mercado de coaching esportivo seja atualmente difícil de estimar globalmente (as redes de coaching esportivo são geralmente locais ou nacionais), pode-se notar que o mercado está concentrado nas regiões mais ricas do mundo, ou seja, Europa Ocidental, América do Norte e Oceania. É também nestas regiões que a ligação entre a saúde e a prática de uma atividade desportiva é mais conhecida.

Através do surgimento de novas aplicações de coaching, tecnologias de medição de desempenho e novos modos de educação na prática esportiva, a profissão de treinadores esportivos está evoluindo, oferecendo ofertas mais personalizadas.

No Brasil, os dados da Organização Mundial da Saúde sobre sedentarismo são alarmantes, com 47% da população praticando menos de 150 minutos de atividade física por semana (quantidade mínima recomendada). Apesar dos números serem preocupantes, os mesmos demonstram um enorme potencial para quem atua nesse mercado.

De acordo com a Associação Internacional do Mundo Fitness, o Brasil é o segundo maior mercado de academias em número de estabelecimentos do mundo, com quase 32.000 ginásios e academias. O país também é o quarto em número de alunos (8 milhões) movimenta a maior receita da América Latina, isso incluindo os gastos com personal trainer.

No país, o coaching se tornou um mercado mais complexo, agregando diversos outros seguimentos. Em outras palavras, o personal trainer virou uma marca/grife, com linhas assinadas de acessórios de ginástica, alimentos dietéticos, acordos com marcas de tênis e roupas esportivas, merchandising em posts nas redes sociais e palestras. Além disso, outra tendência são as aulas gratuitas ao ar livre nas quais os patrocínios e as parcerias acabam cobrindo os gastos, servindo para divulgação tanto da marca quanto do instrutor.